Tenho 44 anos. Em 15 de Dezembro de 1996 dei o meu último caldo. Passaram-se 17 anos... Aqui contei parte da minha história...

segunda-feira, abril 10, 2006

O início dos vícios 2

Por esta altura as drogas já despertavam em mim um enorme fascínio, basta dizer que de entre os poucos livros não escolares que eu tinha lido, dois títulos se destacavam como os preferidos – "CHRISTIANE F – Os Filhos da Droga" e "Viagem ao Mundo da Droga".
Fica assim claro que, nada do que me podia acontecer com o consumo destas substâncias era para mim novidade ou segredo, eu sabia bem os riscos que corria e mesmo assim arrisquei.
Quem já leu estes livros sabe do que eu estou a falar, ambas a histórias são claros exemplos do inferno em que se pode tornar a vida de um drogado, mas mesmo assim não queria saber.
Desta fase da minha vida não tenho muitas memórias, por isso não posso entrar em grandes pormenores. Sei no entanto que, os charros, as cervejas e o tabaco ocupavam grande parte dos meus dias. Lembro-me de ir com um grupo de amigos a um café perto da escola (o Liceu D. Filipa de Lencastre) comprar garrafas de litro de Tuborg e beber estupidamente só por beber.
Achávamo-nos os maiores.
Um bom programa era um charro e uma cerveja ao som de uma qualquer música dos Doors ou dos Pink Floyd. Aqui devo dizer também que o Jim Morrison foi um marco, um herói que nos marcou a todos, mais pela extravagância e pelo seu consumo brutal de álcool e drogas do que propriamente pela sua veia artística. Obviamente o livro “Daqui ninguém sai vivo” foi também lido e relido uma série de vezes.
Entretanto chegaram os 15 anos a mudança de casa, do Areeiro para os arredores de Lisboa e a primeira namorada, que trouxe uma fase de alguma acalmia no que toca a consumos.

Um dos objectivos destes textos, passa, também, por dar a conhecer melhor o que são algumas das drogas e os seus efeitos, de forma a ajudar os menos prevenidos a identificar comportamentos e efeitos resultantes do seu consumo.

Reservo-me o direito de guardar para mim a opinião que tenho sobre o consumo do haxixe, não querendo discutir se deve ou não ser considerada como droga, se deve ou não ser legalizada. Apenas me vou limitar a descrevê-la e aos seus efeitos, de uma forma que eu espero seja pedagógica.

O Haxixe é uma resina das folhas de uma planta denominada por Cannabis Sativa, o seu preparo passa pela recolha dos brotos oleosos, posteriormente transformados numa pasta, através de maceração, que é vulgarmente comercializado sobre a forma de bolas ou tabletes endurecidos de aspecto verde-escuro ou acastanhado. Esta pasta é depois misturada ao tabaco e fumada na forma de cigarro ou de cachimbo.

Os principais efeitos do seu consumo são:

•O aumento da sensibilidade, maior percepção de cores, sons, paladar,
•Aumento do apetite.
•Perca da correcta noção do tempo.
•Maior capacidade de introspecção.
•Aumento do desejo sexual.
•Sensação de relaxamento.
•Vontade de rir.
•Olhos avermelhados.
•Boca seca.
•Taquicardia.

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

olá colega!
vim finalmente visitar a tua - pode ser assim não pode? - página e estou a lê-la como um romance, mais interessante por ser um romance da vida real de uma pessoa que gostei muito de conhecer.
a respeito do que li, principalmente neste "artigo", gostava que partilhasses a tua opinião sobre o consumo de haxixe, de erva e afins. a minha opinião muiot particulçar é que se o alcool é legal as ganzas também o deviam ser, fazemos menos figuras tristes, não deixamos um rasto que embebeda todos com quem nos cruzamos e não dá ressaca. se somos adultos para beber em sociedade (que é uma coisa que aprecio bastante e no entanto nunca, nem naqueles momentos mais rebeldes da adolescencia, apreciei o beber para ficar bêbeda) também deviamos poder ser adultos para fumar umas se assim o quisessemos. bem pior e mais prejudiacial para o mundo é guiar bêbedo do que guiar com uma moca de ganza, mas pronto, limitação culturais

5:03 da tarde

 

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